¿O que é Monero (XMR)?

Não é segredo nenhum que centenas de criptomoedas foram lançadas no mercado nos últimos anos e que cada uma delas tem alcançado sucesso à sua maneira. Isso quer dizer que cada uma delas tem brilhado em uma certa particularidade; algumas por permitirem que o público possa ver todas as transações, outras por oferecerem privacidade opcional ou para manter ela como implícita. 

Então, o que tem tornado Monero tão popular? A resposta é muito simples: suas caraterísticas voltadas para a privacidade total de seus utilizadores... Mas isso não é tudo. Isso é porque nesse guia vamos explicar tudo o que está por detrás disso e o que torna isso tão especial.

A primeira coisa que você precisa saber é que é um sistema monetário, cuja premissa seja a segurança de seus usuários, a privacidade e o fato de ser impossível rastrear. Para conseguir isso, Monero usa criptografia especial que, por sua vez, é responsável por garantir a confidencialidade de todas as suas transações, a fim de impedir elas de ficarem ligadas a um usuário.

Monero: O que é Realmente e Como Ele Funciona

Monero (XMR) foi lançado em 2014 como uma criptomoeda criada através da blockchain e que opera como tal. Essas blockchains são livros públicos onde todas as transações e atividades dos usuários que compõem a rede referida podem ser vistas. 

No caso da blockchain Monero, ela foi criada para esconder completamente a identidade de seus usuários, disfarçando os endereços usados por eles. Quando você fizer uma transação, não será possível visualizar a identidade dos remetentes ou destinatários, nem as quantias da operação. 

Por outro lado, a mineração dessa criptomoeda é completamente diferente e se baseia em um princípio igualitário que estabelece que todas as pessoas são iguais e que, portanto, merecem as mesmas oportunidades. Isso explica o fato de que, durante o lançamento de Monero, seus principais criadores e desenvolvedores não atribuíram a descoberta pessoalmente, já que eles tinham contado com a contribuição e apoio de uma grande comunidade que permitiu que a moeda virtual fosse mais desenvolvida.

Assim, em seu processo de mineração, os mineiros obtêm recompensas para as atividades que eles executam, juntando-se a uma piscina de mineração que permite a mineração coletiva ou individual. Além disso, o processo pode ser feito a partir de qualquer computador e com qualquer sistema operacional (Windows, MacOS, Linux, Android ou FreeBSD) sem a necessidade de instalar hardware especial, como ASICs (Circuitos Integrados para Aplicações Específicas). 

Como Monero Tem Conseguido Melhorar a Privacidade?

As assinaturas de anel e os endereços furtivos foram a chave tecnológica que permitiu a privacidade imutável de Monero.

Essas assinaturas são aquelas que permitem que o usuário que está enviando a criptomoeda mantenha o anonimato face aos outros usuários do grupo. Essas são assinaturas anônimas que não revelam quem assinou a transação. 

A fim de gerar essas assinaturas, Monero usa uma combinação de teclas da conta do remetente e associa ela a outras chaves públicas que integram a blockchain, tornando-se uma assinatura única e privada. Esse processo permite que a identidade do remetente seja ocultada e com que seja impossível determinar qual foi a chave usada por um dos membros do grupo para a assinatura complexa ocorrer. 

Por sua vez, os endereços furtivos são responsáveis por oferecer ainda mais privacidade. Esses são gerados aleatoriamente para cada uma das operações que levam o nome do destinatário a esconder seu verdadeiro endereço e, por sua vez, a ocultar a identidade do destinatário.

Além disso, o RingCT (Anel de Transações Confidenciais) foi adicionado às caraterísticas de Monero em 2017, para esconder a quantia da transação e tornou-se obrigatório para cada uma das transações que tiveram lugar dentro da rede. 

Qual é a diferença entre Monero e Bitcoin?

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda criada e lançada no mercado em 2014. Ele funciona como um protocolo que protege a identidade de seus usuários através de endereços de pseudónimos, ou seja, combinações geradas aleatoriamente com letras e números. 

A verdade é que, apesar de serem extremamente pessoais, todos os endereços de transações de Bitcoin são registrados no blockchain, para que possam ser vistos por qualquer usuário que deseje fazer isso. Mesmo os endereços de pseudónimos mencionados não são inteiramente pessoais, dado que as operações realizadas por qualquer usuário podem estar ligadas ao mesmo endereço e, portanto, o público, o governo ou qualquer outra pessoa, teriam a possibilidade de ver eles. 

Outra vantagem que Monero apresenta face a Bitcoin é sua fungibilidade, o que significa que duas unidades de Monero podem ser substituídas mutuamente, e não há nenhuma diferença entre as duas. Por exemplo: se você tem duas notas de $1, mesmo que elas tenham o mesmo valor, elas não são fungíveis, dado que cada uma tem um único número de série. O mesmo acontece com Bitcoin.

Por outro lado, duas peças de ouro da mesma classe e peso têm o mesmo valor e são fungíveis, dado que elas não têm nenhuma característica que as distinga. É assim que funciona Monero.

Finalmente, o Bitcoin registra cada uma das suas operações na blockchain e isso serve para detetar fraudes, jogos de sorte ou azar ou roubo, em que uma certa quantidade de Bitcoin esteja envolvida. Se esse for o caso, as contas envolvidas na atividade ilegal serão bloqueadas, suspensas ou fechadas.

O histórico de transações de Monero, por outro lado, não é rastreável. O que essa criptomoeda oferece aos seus usuários é poderem fazer parte de uma rede muito mais segura, em que a manutenção ou a rejeição por outros usuários que consideram que suas moedas são de origem duvidosa é impossível. 

Porquê Monero Não Precisa de um ASIC?

Os custos de produção de ASIC para Monero seriam muito altos e, portanto, não teriam valido a pena. É por isso que se diz que Monero não precisa realmente dele.

No final de 2017, o principal produtor de hardware ASIC, Bitmain, lançou um anúncio em que esclareceu que ele iria produzir hardware semelhante para extrair o algoritmo CryptoNight e adivinhem o quê... Monero é uma das criptomoedas selecionadas que faz uso desse algoritmo, então eles decidiram fazer algumas mudanças. Primeiro, eles atualizaram seu algoritmo. Em segundo lugar, eles modificaram o protocolo de teste de trabalho.

O fato de Monero não precisar de um ASIC é a base da sua descentralização. Da mesma forma, tal como Monero indica em seu blog, a centralização começa quando o ASIC é introduzido no sistema, porque apenas algumas empresas são capazes de criar hardware dessa magnitude. Então, se uma dessas empresas quisesse implementar uma mudança, a plataforma poderia ficar comprometida. 

É por isso que os principais criadores e comunidade Monero estão constantemente atualizando o algoritmo Hash, a fim de evitar o uso de ASIC, a todo custo. 

Principais Desafios Que Monero Enfrenta

A privacidade oferecida por Monero tem sido a principal caraterística que tem atraído muitos investidores... mas também trouxe problemas. 

A privacidade e o fato de impossibilitar as ppesquisas permitem que Monero possa ser usado para atividades ilícitas em mercados em que as drogas e jogos de sorte ou azar estão presentes. Na verdade, no mercado negro, como Oasis e AlphaBay, houve maior uso dessa criptomoeda. 

Os hackers foram responsáveis pela criação do software que afeta diretamente os computadores, conseguindo assim minerar Monero e o envio do mesmo à Coreia do Norte. Então, enquanto a privacidade e a evasão da lei por Monero trouxe consequências benéficas, ele também apresenta riscos elevados, os quais devem ser estudados antes de realizar qualquer transação. 

O Futuro de Monero

Não há dúvida nenhuma de que o futuro de Monero está projetado para ser ainda mais aberto e descentralizado, o que fará dessa criptomoeda uma opção ainda mais atraente para aqueles que têm a privacidade como premissa. 

Além disso, sendo uma das poucas moedas que não foram criadas com base em Bitcoin, seu potencial é ilimitado e seu crescimento em muito pouco tempo provou o potencial. Seu futuro parece ser muito brilhante e atraente para quem quer investir nessa criptomoeda. 

Como Você Pode Comprar Monero?

A plataforma Monero recomenda que a melhor maneira de adquirir seus símbolos XMR é adquirir uma wallet Monero antes de fazer a primeira compra. Isso ocorre porque a plataforma opera com sua própria wallet e porque essa, por sua vez, é compatível com muitos dos sistemas operacionais. Em seguida, você precisará escolher o tipo de troca que você quer fazer, ou seja, se você vai usar o dinheiro fiat para fazer a compra ou comprar com outra criptomoeda. 

É preciso ter em mente que a compra ou troca de criptomoedas envolve uma série de dificuldades. Por exemplo, o registro no mercado, a verificação da conta ou a possibilidade de enfrentar os hackers que roubam seus fundos. Além disso e devido à alta volatilidade no mercado, você corre grandes riscos de perder dinheiro. Um dos exemplos mais claros pode ser visto com Bitcoin e a depreciação do valor de seu token. 

Mas nem tudo está perdido e sua entrada no mercado das criptomoedas está mais perto do que você pensa, há uma solução que lhe permitirá ganhar dinheiro mesmo quando o preço das criptomoedas diminui: um CFD (Contrato para a Diferença). Eles permitem que você abra posições longas e curtas, bem como oferecem a você a força de alavancagem: poder investir quantias significativamente superiores àquelas que que você tem no momento. 

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